18/02/2011 | Sexta-feira - Diário de Santa Maria

Furto no cantinho de Deus

Ladrões arrombaram capela do colégio Máximo Pallottino na madrugada de ontem

A capela Ranchinho de Orações, um local retirado em meio à mata nativa, atrás do Colégio Máximo Pallottino, no bairro Cerrito, em Santa Maria, onde religiosos exercem a fé, teve a paz quebrada na madrugada de ontem. Ladrões arrombaram uma janela e uma porta da capela e furtaram o crucifixo do altar e três quadros sacros.

O crime foi descoberto depois que policiais militares avistaram três homens carregando uma imagem da Mãe do Divino Amor, um crucifixo com 90 centímetros e um pedestal de ferro, no Beco da Tela, na Vila Schirmer. Os policiais abordaram o trio, que alegou ter encontrado o material no bairro Cerrito. Os suspeitos foram liberados e os objetos, apreendidos.

Dos três quadros furtados, além do que foi achado com os suspeitos, um segundo, com a imagem da Mãe Rainha Três Vezes Admirável, foi perdido pelos bandidos no meio do caminho, perto da creche Irmãs de Maria, e localizado posteriormente por pessoas do colégio. O terceiro quadro, da Rainha dos Apóstolos, continuava sumido até o fechamento desta edição.

Os padres do seminário acreditam que os bandidos tenham pulado o muro que contorna a BR-158 e fica a poucos metros da capela. Pelos vestígios deixados no local, os ladrões retiraram um vidro e depois entortaram a armação de uma janela basculante para entrar. Como as imagens eram grandes e não passavam pela janela, acabaram arrombando a porta para sair.

– A capela estava fechada (desde novembro) porque estamos em férias. Agora, acho que vamos desativá-la – diz o padre Sergio Coldebella.

Dos objetos furtados, o de maior valor é o crucifixo, feito de madeira e gesso. Os padres, porém, não sabem estimar quanto custa. As imagens são de papel e estão em molduras simples de madeira.

Motivação – Os motivos do furto ainda são um mistério.

– Não acredito que eles fossem comercializar esse tipo de produto. O receptador não tem interesse em comprar. Houve a oportunidade, e eles roubaram – diz o titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil (1ª DP), Carlos Alberto Dias Gonçalves, que vai investigar o caso.

Quando o trio foi abordado, na madrugada, a polícia ainda não tinha conhecimento sobre o furto na capela. Por esse motivo, os suspeitos foram identificados e liberados. Agora, a 1ª DP vai trabalhar para tentar localizar os três ladrões.