31/03/2011 - Quinta-feira | Diário de Santa Maria

Força-tarefa contra o jogo do bicho

Foram fiscalizados 14 locais


A Polícia Civil de Santa Maria realizou uma operação contra o jogo do bicho na tarde de ontem. No total, foram fiscalizados 14 estabelecimentos no Centro. A operação, batizada de Tigre, levou 42 policiais para as ruas, sob o comando da 1ª Delegacia de Polícia Civil (1ª DP). Entre os objetos apreendidos, estão computadores, talões de jogos em branco, jogos já realizados, quadro com os resultados e cerca de R$ 7,1 mil.

O titular da 1ª DP, André Diefenbach, explica que o jogo do bicho é um crime de contravenção. Além de não pagar impostos, o dinheiro ganho com a prática financia outros atos ilegais, como compra de armas e de drogas. Quem pratica o jogo, tanto donos quanto jogadores, se pegos em flagrante, respondem na Justiça e podem ser penalizados com pagamento de multas e prestação de serviços à comunidade.

Conforme Diefenbach, em torno de quatro pessoas comandam a rede de jogos do bicho na cidade. Ele explica que os supostos bicheiros ganham muito dinheiro com o jogo. Em um dos lugares fiscalizados, o delegado diz que foram achados documentos nos quais o valor do aluguel do estabelecimento é de cerca de R$ 3 mil, mas que o total de mercadorias vendidas de forma lícita durante o dia não passava de R$ 30.

O jogo do bicho é considerado um jogo de azar e que vicia. Segundo o delegado, existem relatos de pessoas que jogam todos os dias, no mesmo horário.

– Há famílias que enfrentam problemas sérios porque têm familiares que chegam a gastar todo o salário do mês nesse tipo de jogo – exemplifica ele.

Nome – A operação foi batizada de Tigre pois esse é o animal que representa o número 1 no jogo do bicho e por ser encabeçada pela 1ª DP.