07/07/2011 - Qinta-feira | A Razão
OXI

 
Droga foi apreendida na Rua Visconde de Pelotas,
na região central. Homem estava sendo
 investigado a pelo menos dois meses pela Defrec

A polícia de Santa Maria pode ter feito ontem a primeira apreensão de óxi na cidade. Semelhante ao crack, porém muito mais letal, o óxi se disseminou na região Norte do Brasil, chegou ao Sudeste e já  foi encontrado em Porto Alegre.
A droga foi pega com um homem de 50 anos, preso na manhã de ontem com 421 gramas da substância compactada em pedras e mais 50 gramas de maconha. A prisão ocorreu após dois meses de investigações por parte  da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) de Santa Maria, que cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, na região central da cidade. Um dos investigadores desconfiou da aparência da droga e a mostrou ao delegado, que também ficou em dúvida sobre o tipo de entorpecente. Eles suspeitam que seja óxi (droga feita da pasta base da cocaína, bastante semelhante ao crack).
Os policiais chegaram ao suposto traficante na Rua Visconde de Pelotas, por volta das 10h, e ao efetuar buscas na residência, encontraram pacotes com as drogas. Um deles continha uma droga  amarelada embalada em diferentes porções, que os policiais suspeitam ser óxi. Conforme o delegado Jun Sukekava, titular da Defrec, a droga tem cheiro forte e características semelhantes ao crack. “Há uma suspeita pela diferença. Vamos ter que aprofundar as pesquisas e enviar o material para perícia. Pelo formato, pela cor e pela forma como estava embalada parece ser”, diz Sukekava.
O delegado e outros agentes contaram à reportagem que fizeram um teste preliminar: eles pegaram uma pequena pedra apreendida, colocaram em uma panela e queimaram para ver a cor da fumaça. Conforme especialistas, a fumaça que o crack emite ao ser queimado é branca e a do óxi é preta. A experiência teria resultado em uma fumaça escura e em um forte cheiro nas dependências da DP. A droga apreendida será enviada a Porto Alegre para testes oficiais em laboratório.
O suspeito, que já tinha antecedentes por tráfico e estava em liberdade condicional, pode ter sido o primeiro traficante preso com óxi na cidade. Ele foi preso em flagrante,  levado à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e recolhido ao Presídio Regional de Santa Maria.